Vereador rondoniense é acusado de homofobia

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Vereador rondoniense é acusado de homofobia


Falas que foram proferidas pelo vereador Leandro Santana (PSD), durante a 32ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de São Miguel do Guaporé, motivaram protestos entre cidadãos e organizações LGBTQ+ de Rondônia. O episódio resultou em uma denúncia ao Ministério Público Estadual.

Durante a análise do PL nº 96, que é baseado na Lei Paulo Gustavo, Santana foi sarcástico ao se referir à comunidade Lésbica, Gay, Bissexual e Transgêneros e Queer. Após ser criticado por um colega parlamentar, Valmir do Sindicato (PT), o pessedista rebateu e chegou a dizer que é contra gays e lésbicas por “não gerarem família.”

Mesmo após críticas, bem fundamentadas, de colegas parlamentares e cidadãos em geral, Santana não recuou e utilizou as redes sociais para continuar bafejando o discurso.

No Instagram, o vereador publicou um vídeo dizendo que apenas se posicionou contra projetos que “ofendem a honra da família, dos princípios da igreja e da bíblia.”

As alegações abrutalhadas do vereador geraram acusações de homofobia. Membros da comunidade LGBTQ+, e simpatizantes da causa, organizaram uma manifestação na Câmara Municipal de São Miguel para repudiar as falas do vereador.

O Somar, coletivo LGBTQ+ de Porto Velho, junto com o Grupo Comunidade Cidadã Livre (Comcil), publicou, também no Instagram, uma nota de repúdio contra o vereador.

“O púlpito do legislativo são-miguelense tem se convertido em espaço de proselitismo que exclui parte da população [...] isso não é trabalhar para o povo, mas contra o povo”, lê-se na nota assinada por mais de dez grupos que compõem o Movimento LGBTQ+ de Rondônia.

Leandro Santana não respondeu os pedidos de entrevista do Rondoniaovivo. Durante a 33ª Sessão Ordinária, o vereador classificou as manifestações como "politicagem" e continuou a entoar o discurso homofóbico.

O PL nº 96 tinha como uma das propostas apoiar a produção audiovisual que valorizassem questões sociais LGBTQ+, folclóricas, indígenas e quilombolas. Apesar da indignação de Santana, o projeto foi aprovado por maioria absoluta.

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